Ações para desenvolvimento da região do São Francisco

A ideia de unir esforços entre órgãos do Governo Federal, estadual e parceiros para desenvolver a região do Médio e Baixo São Francisco nos estados de Alagoas, Pernambuco, Sergipe e Bahia ganhou o nome de Projeto de Desenvolvimento Integrado (PDI) do São Francisco. A iniciativa foi apresentada pela presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Maria Lúcia Falcón, à secretária executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Maria Fernanda Coelho e ao superintendente da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), João Paulo Lima, em Recife (PE), nesta quinta-feira (10).
O objetivo do projeto é promover o desenvolvimento local, a partir de arranjos e sistemas produtivos e inovativos locais, estruturados com o público da reforma agrária e da agricultura familiar da bacia hidrográfica do São Francisco. Ao longo de cinco anos, as ações vão beneficiar 270 assentamentos da reforma agrária, onde vivem 13.267 famílias, além de milhares de agricultores familiares, distribuídos em 87 municípios, dos quais 80 possuem até 50 mil habitantes.
Na região vivem 2,3 milhões pessoas, das quais 760 mil estão na área rural. Conforme a secretária executiva do MDA, Maria Fernanda Coelho, 57% dos acampados que serão assentados até o final de 2018 estão no nordeste, inclusive nessa região. “Essa é uma demanda antiga dos movimentos sociais, que tivéssemos uma ação integrada nessa região. E, também, é de extrema relevância, porque está numa área muito simbólica para aqueles que vivem ali. No local, há um potencial muito grande de produção de alimentos pela agricultura familiar”, destacou.
Na avaliação da presidente do Incra, o processo de elaboração e validação do projeto precisa ser participativo e respeitar a cultura local. “A ideia, agora, é definir a área de abrangência do projeto, priorizar as cadeias produtivas, tendo como referência o turismo rural, a piscicultura, a fruticultura, o leite e derivados e grãos, para estabelecer o cronograma de atividades de cada parceiro”, enfatizou.
Conforme João Paulo, o cenário de crise hídrica no nordeste é muito grande.  “Estamos vivendo uma das piores estiagens dos últimos anos. Isso é quase uma anomalia temporal, a crise hídrica está muito severa. Então temos que trabalhar muito bem as ações para aquela região, nos preocupando com a preservação ambiental”, afirmou.
Como desdobramento da reunião foi criado um grupo executivo que será coordenado pela Sudene, para trabalhar a integração das ações. Participam vários órgãos e entidades que atuam na região, como o Ministério da Pesca e Aquicultura, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Nordeste, Centrais Elétricas do São Francisco (Chesf), dentre outros.

Tássia Navarro
Ascom/MDA

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